VIALS PARA HPLC: O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER
O vial é um componente, aparentemente, secundário no sistema de HPLC, entretanto, tem potencial para criar grandes problemas. Isso é ainda mais relevante para as análises quantitativas. Confira a lista a seguir, possivelmente te ajudará a evitar algumas das armadilhas mais comuns.
O QUE FAZER COM OS VIALS
Escolha seu vial cuidadosamente:
Existem muitas opções de vials – e fornecedores – no mercado, por isso é recomendável atenção para escolher o produto mais adequado à sua aplicação. Por exemplo, utilizar um vial âmbar em amostras sensíveis à luz faz com ela preserve suas características por mais tempo.
Ou ainda, os inserts podem te ajudar a injetar volumes muito baixos de solução, evitando desperdício de amostras com custo de preparo mais elevados.
Entretanto, muitos laboratórios utilizam o mesmo vial para todas as aplicações em HPLC, e não um tipo por análise. Essa é, geralmente, uma estratégia aceitável, mas durante o desenvolvimento do método (ou na fase inicial de sua implementação, caso já tenha sido desenvolvido) é recomendável utilizar os modelos específicos, para mitigar a possibilidade de eventuais problemas e interferências.
A tampa precisa, também, ser escolhida cuidadosamente, principalmente considerando a compatibilidade com o amostrador e injetor.
Identifique todos os vials:
Você pode pensar que vai lembrar o que tem em cada frasco, mas é muito fácil esquecer e misturar tudo.
Portanto, em qualquer situação, seria interessante identificar cada um deles, entretanto, em um ambiente controlado (como um laboratório de controle de qualidade) isso vai além do bom senso, pois a marcação é essencial para garantir a completa rastreabilidade das análises.
Não há muito espaço para escrever no vial, então uma identificação clara, objetiva e fácil de compreender é recomendada.
Atenção à temperatura do vial:
A quantidade de amostra injetada precisa ser cuidadosamente controlada nas análises quantitativas, e a temperatura desse material influenciará diretamente o volume injetado.
Portanto, é importante certificar-se de que os vial estão equilibrados à temperatura desejada antes da injeção. A “temperatura desejada” pode ser a ambiente ou, se o compartimento de amostras do HPLC possuir controle térmico, ela pode ser diferente (normalmente mais fria, para evitar degradação da solução).
Em ambos os casos, o equilíbrio térmico deve ser realizado antes da injeção.
O QUE NÃO FAZER COM OS VIALS
Transbordar:
Se o vial estiver completamente preenchido, é provável que o volume desejado não seja injetado precisamente, devido ao vácuo produzido quando o líquido é removido. É sabido que o preenchimento deve ser realizado até a marcação de 1,5ml, deixando um espaço livre até o topo.
Tentar injetar mais solução do que há no vial:
Se mais de uma injeção é realizada com o mesmo vial (por exemplo, injeção da padrões), é fácil esquecer que há uma quantidade finita de solução no recipiente. Tenha certeza de que o volume total de injeções não excederá a capacidade do frasco. Se isso ocorrer, há chances da entrada de bolhas no sistema.
Reutilizar vials:
Embora seja tentador reutilizá-los, principalmente da perspectiva de custos e geração de resíduos, provavelmente não vale seu esforço tentando limpar e secar os vials para serem utilizados novamente. O risco de contaminação é muito grande, algo que pode trazer prejuízos que vão muito além do financeiro. Em breve traremos uma matéria somente sobre esse tópico.
Referências técnicas
Tradução e adaptação: Diego Carelli
Referência: http://blog.mournetrainingservices.co.uk/2017/04/hplc-autosampler-vials-dos-and-donts.html